Nova sede do MAC-USP é inaugurada

 

30/Janeiro/2012

Nova sede do MAC-USP é inaugurada


Tombado pelo patrimônio, prédio projetado por Oscar Niemeyer é restaurado para abrigar o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo


Luciana Tamaki
 

 

Foi inaugurada no último sábado (28) a nova sede do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, o MAC-USP. O museu fica no Pavilhão da Agricultura, edifício projetado por Oscar Niemeyer na década de 1950 no Parque do Ibirapuera e que sediou por anos a sede do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP).

 

Luciana Tamaki

 

O prédio tem 7 pavimentos de pouco mais de 2 mil m² cada, e é tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conresp) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Desta forma, não foi possível fazer uma reforma que alterasse seu aspecto, e sim uma obra de retrofit, preservando muitos dos aspectos originais do edifício.

A fachada foi totalmente recuperada, tanto a parte de pastilhas como os caixilhos e vidros. A recuperação dos vidros foi um dos desafios do projeto. Havia muitas peças armazenadas em estoque, garantindo parte da reposição. Porém, foi inevitável comprar novas peças, e, no final, a fachada ficou com três tipos diferentes de coloração, devido às diferenças de idade e de exposição.

Também foi realizada uma recuperação estrutural, além de execução de novo piso e contrapiso e remoção das divisórias internas, para dar lugar aos amplos salões de exposição.

O piso de granito preto no lobby, além de ter sido polido, também foi restaurado. Na impossibilidade de se encontrar peças com a mesma tonalidade após tantos anos, foi feita uma recuperação que usou o próprio granito moído como base para as partes com falhas.

Além do retrofit do prédio principal, o anexo também passou por reformas e, junto a ele, foram construídos mais dois prédios, um de cada lado: um para reserva técnica, destinado ao acervo das obras de arte, e outro de instalações, que abriga cabine primária, centro de processamento de dados e automação.

O projeto da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo foi desenvolvido pela CPOS (Companhia Paulista de Obras e Serviços), com as partes de arquitetura, alvenaria, fachadas e esquadrias desenvolvidas pela Borelli & Merigo.  A execução ficou a cargo da Simétrica Engenharia. A obra custou R$ 76 milhões.

 

Luciana Tamaki
Detalhe da fachada, onde se pode ver os caixilhos novos e antigos lado a lado, além das tonalidades diferentes dos vidros que estavam no prédio desde sua construção e dos vidros repostos

 

 

Luciana Tamaki
Foram construídos dois prédios junto ao prédio anexo já existente, um para acervo de obras e outro para sede de informática, automação etc. Seu revestimento de laje é composto por 15 cm de sinasita, um tipo de seixo rolado que ajuda na absorção de água de chuva e isolamento térmico

 

 

Luciana Tamaki
Uma passarela foi construída para ligar o prédio principal ao anexo, que também terá exposições. O piso cerâmico que já existia na área do edifício teve que ser preservado, e foi aproveitado para dar acesso aos prédios anexos

 

 

Luciana Tamaki
O granito preto, elemento tombado, teve que ser recuperado. Para manter a tonalidade, não foi colocada nenhuma peça nova

 

 

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Acredito que a arquitetura é a arte das artes, o arquiteto tem que olhar, sentir, ouvir, inspirar e expirar arquitetura.

                                                                     Valentim César Bigeschi

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Valentim César Bigeschi

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