Centro Olímpico da UnB, Brasília

Márcio Villas Boas e Ricardo Farret

Centro Olímpico da UnB, Brasília

Eventos esportivos incentivam revitalização de centro universitário

Um projeto iniciado no final da década de 1960 ganha continuidade às vésperas da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016. Os arquitetos Márcio Villas Boas e Ricardo Farret estão trabalhando no detalhamento da remodelação do Centro Olímpico da Universidade de Brasília, que ganhará mais instalações para atender às necessidades dos estudantes e dar suporte às demandas durante os dois grandes eventos esportivos que serão realizados no país nos próximos anos.

O projeto não se restringe a novos equipamentos esportivos e inclui a ampliação de construções existentes, como a Faculdade de Educação Física e o prédio da administração do centro, e a revitalização urbanística do setor Península, área de 107 hectares às margens do lago Paranoá, onde está inserido o conjunto.

A intervenção segue as diretrizes originais do plano urbanístico elaborado em 1969, de autoria de Villas Boas, Farret e Paulo Zimbres. A ideia é adensar as instalações e, ao mesmo tempo, minimizar a interferência da massa edificada sobre a paisagem natural e configurar o espaço como um parque, que também passaria a abrigar atividades recreativas e culturais, além das esportivas. Esse parque preserva o projeto paisagístico em 55 hectares, o que corresponde a mais da metade da área do setor Península.

O custo da construção dos equipamentos foi estimado em 303 milhões de reais, sem considerar as obras viárias que visam melhorar o tráfego em dias de eventos e dar mais segurança aos pedestres. A universidade está negociando parcerias público-privadas para viabilizar a implantação da proposta. Segundo Villas Boas, as novas edificações vão ocupar níveis já existentes, sem necessidade de que sejam executados trabalhos de terraplenagem, e uma das prioridades é manter a vista liberada para o lago.

Dentre as obras previstas, destaca-se a arena olímpica, com cerca de 23,5 mil metros quadrados de área construída e capacidade para 15 mil pessoas. Ela é destinada a competições oficiais e inclui campo de futebol, pista de atletismo, bar e restaurante panorâmico, vestiários, arquibancadas e camarotes. Sua cobertura em arcos metálicos prevê fechamento de material leve tensionado na forma de parabolóides hiperbólicos.

Esse mesmo tipo de cobertura deve proteger o novo ginásio olímpico, que terá mais de 7 mil metros de área construída e quadras para competições oficiais de basquete, vôlei, futsal e handebol. As arquibancadas comportarão 5 mil pessoas.

O projeto também prevê a implantação de patinódromo, ginásio para dança e ginástica, centro náutico, parque aquático e quadras cobertas de múltiplo uso, além de diversas instalações esportivas descobertas, alojamento para atletas e praças de alimentação.


Publicada originalmente em PROJETODESIGN
Edição 373 Março de 2011

1. Ginásio olímpico / 2. Centro de treinamento / 3. Alojamento para atletas / 4. Ampliação da escola de educação física
5. Escola de educação física (existente) / 6. Pista de atletismo / 7. Cobertura das arquibancadas / 8. Campos de futebol (grama)
9. Campos de futebol (revestimento sintético) / 10. Quadras de areia / 11. Quadras de tênis / 12. Praça de alimentação
13. Administração do centro olímpico / 14. Quadras cobertas (existente) / 15. Infraestrutura de apoio / 16. Vestiários e sanitários
17. Quadras multiuso cobertas / 18. Ginástica e dança / 19. Parque aquático / 20. Arena para 15 mil pessoas

21. Restaurante panorâmico / 22. Patinódromo / 23. Clube social / 24. Centro náutico

V1. Vias veiculares / V2. Vias para pedestres / V3. Pistas para jogging e bicicross

P1. Faixa de proteção do lago / P2. Parque ecológico / P3. Mata e curso d’água

 

7ª Conferência Estadual das Cidades.pdf (2205423)

 

 

Acredito que a arquitetura é a arte das artes, o arquiteto tem que olhar, sentir, ouvir, inspirar e expirar arquitetura.

                                                                     Valentim César Bigeschi

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Valentim César Bigeschi

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