Centro Olímpico da UnB, Brasília
Márcio Villas Boas e Ricardo Farret
Centro Olímpico da UnB, Brasília
- 25 de Abril de 2011. Visitas: 9.409
Um projeto iniciado no final da década de 1960 ganha continuidade às vésperas da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016. Os arquitetos Márcio Villas Boas e Ricardo Farret estão trabalhando no detalhamento da remodelação do Centro Olímpico da Universidade de Brasília, que ganhará mais instalações para atender às necessidades dos estudantes e dar suporte às demandas durante os dois grandes eventos esportivos que serão realizados no país nos próximos anos.
O projeto não se restringe a novos equipamentos esportivos e inclui a ampliação de construções existentes, como a Faculdade de Educação Física e o prédio da administração do centro, e a revitalização urbanística do setor Península, área de 107 hectares às margens do lago Paranoá, onde está inserido o conjunto.
A intervenção segue as diretrizes originais do plano urbanístico elaborado em 1969, de autoria de Villas Boas, Farret e Paulo Zimbres. A ideia é adensar as instalações e, ao mesmo tempo, minimizar a interferência da massa edificada sobre a paisagem natural e configurar o espaço como um parque, que também passaria a abrigar atividades recreativas e culturais, além das esportivas. Esse parque preserva o projeto paisagístico em 55 hectares, o que corresponde a mais da metade da área do setor Península.
O custo da construção dos equipamentos foi estimado em 303 milhões de reais, sem considerar as obras viárias que visam melhorar o tráfego em dias de eventos e dar mais segurança aos pedestres. A universidade está negociando parcerias público-privadas para viabilizar a implantação da proposta. Segundo Villas Boas, as novas edificações vão ocupar níveis já existentes, sem necessidade de que sejam executados trabalhos de terraplenagem, e uma das prioridades é manter a vista liberada para o lago.
Dentre as obras previstas, destaca-se a arena olímpica, com cerca de 23,5 mil metros quadrados de área construída e capacidade para 15 mil pessoas. Ela é destinada a competições oficiais e inclui campo de futebol, pista de atletismo, bar e restaurante panorâmico, vestiários, arquibancadas e camarotes. Sua cobertura em arcos metálicos prevê fechamento de material leve tensionado na forma de parabolóides hiperbólicos.
Esse mesmo tipo de cobertura deve proteger o novo ginásio olímpico, que terá mais de 7 mil metros de área construída e quadras para competições oficiais de basquete, vôlei, futsal e handebol. As arquibancadas comportarão 5 mil pessoas.
O projeto também prevê a implantação de patinódromo, ginásio para dança e ginástica, centro náutico, parque aquático e quadras cobertas de múltiplo uso, além de diversas instalações esportivas descobertas, alojamento para atletas e praças de alimentação.
Edição 373 Março de 2011





1. Ginásio olímpico / 2. Centro de treinamento / 3. Alojamento para atletas / 4. Ampliação da escola de educação física
5. Escola de educação física (existente) / 6. Pista de atletismo / 7. Cobertura das arquibancadas / 8. Campos de futebol (grama)
9. Campos de futebol (revestimento sintético) / 10. Quadras de areia / 11. Quadras de tênis / 12. Praça de alimentação
13. Administração do centro olímpico / 14. Quadras cobertas (existente) / 15. Infraestrutura de apoio / 16. Vestiários e sanitários
17. Quadras multiuso cobertas / 18. Ginástica e dança / 19. Parque aquático / 20. Arena para 15 mil pessoas
21. Restaurante panorâmico / 22. Patinódromo / 23. Clube social / 24. Centro náutico
V1. Vias veiculares / V2. Vias para pedestres / V3. Pistas para jogging e bicicross
P1. Faixa de proteção do lago / P2. Parque ecológico / P3. Mata e curso d’água